Tudo o que você deve saber sobre O Clube do Crime das Quintas-Feiras

O aguardado longa “O Clube do Crime das Quintas-Feiras” chegou à Netflix em 28 de agosto de 2025 e rapidamente se tornou um dos lançamentos mais comentados da plataforma. Baseado no best-seller homônimo de Richard Osman, o filme traz um diferencial dentro do gênero: em vez de jovens policiais ou investigadores, são atores veteranos premiados — Helen Mirren, Pierce Brosnan, Ben Kingsley e Celia Imrie — que assumem o protagonismo e conduzem a investigação. A direção é de Chris Columbus, conhecido por sucessos como Harry Potter e a Pedra Filosofal e Esqueceram de Mim.

O Clube do Crime das Quintas-Feiras

O que chama atenção não é apenas o elenco de peso, mas a forma como o filme retrata a terceira idade: longe dos estereótipos, os protagonistas são mostrados como astutos, ativos e cheios de vida, um contraste com a visão comum de lares de idosos no cinema. Essa abordagem foi destacada pela crítica como um dos pontos fortes da obra, ainda que o enredo não entregue grandes reviravoltas. Para alguns, trata-se de um “cozy mystery” elegante, mais sobre carisma e interação do que sobre tensão investigativa.

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Cenário: Cooper’s Chase, o condomínio de luxo que esconde segredos

A história se passa em Cooper’s Chase, o fictício condomínio de luxo para aposentados onde a trama se desenrola. À primeira vista, o lugar parece um paraíso: jardins impecáveis, atividades culturais e uma comunidade vibrante de idosos que cultivam hobbies que vão da pintura ao croquê. Mas, atrás da fachada serena, escondem-se segredos, tensões e memórias de vidas inteiras.

O diretor Chris Columbus chegou a descrever o espaço como um “Hogwarts dos lares de idosos”, buscando criar uma atmosfera quase mágica, onde cada canto tem potencial narrativo. A produção utilizou a histórica Englefield House, em Berkshire, para dar vida ao cenário, reforçando o ar de requinte e tradição que contrasta com o humor ácido dos protagonistas.

O Clube do Crime das Quintas-Feiras

É justamente nesse ambiente acolhedor que se reúne o “clube do crime”: Elizabeth (Helen Mirren), Ibrahim (Ben Kingsley), Ron (Pierce Brosnan) e Joyce (Celia Imrie). O grupo transforma a chamada Sala do Quebra-Cabeça em um verdadeiro quartel-general improvisado, com murais cobertos de anotações e fotos, como se fosse uma mini delegacia. Ali, entre xícaras de chá e charadas, eles revisitam casos antigos — até que uma morte real dentro da comunidade os coloca diante de sua primeira investigação de verdade.

Mais do que cenário, Cooper’s Chase é quase um personagem à parte: um refúgio idílico que, ao ser abalado por crimes e conspirações, expõe como mesmo os lugares mais pacatos podem esconder intrigas perigosas.

De hobby a caso real: o clube se envolve em um assassinato

O que começa como um hobby inocente logo se transforma em algo muito mais sério. Após a morte suspeita de um dos moradores de Cooper’s Chase, Elizabeth, Ron, Ibrahim e Joyce veem a oportunidade de colocar em prática todo o conhecimento acumulado em suas reuniões semanais. Cada um usa sua experiência — seja como ex-espiã, psiquiatra ou sindicalista — para conectar pistas e avançar onde a polícia parece hesitar.

O Clube do Crime das Quintas-Feiras

Essa dinâmica faz do filme mais do que um simples “whodunit”. É também um retrato de como a experiência de vida pode ser arma poderosa. O roteiro, adaptado do livro de Richard Osman, mantém o tom de “suspense aconchegante” (cozy mystery), equilibrando humor e investigação. Mas, como apontam veículos especializados, a trama por vezes se mostra previsível e simplificada, o que pode frustrar quem espera grandes reviravoltas.

Crítica dividida: elogios ao elenco, ressalvas ao suspense

A recepção crítica foi mista. O elenco recebeu elogios quase unânimes — a química entre Mirren, Brosnan, Kingsley e Imrie dá peso ao filme e sustenta até os momentos em que o roteiro não empolga tanto. A falta de estereótipos sobre a velhice também foi bem-vista: em vez de personagens frágeis, vemos idosos inteligentes, engraçados e determinados.

Por outro lado, sites como o Metacritic classificaram a obra como “mediana” (58/100), destacando que o suspense não chega a prender como em títulos semelhantes, como Only Murders in the Building. Já no Rotten Tomatoes, os críticos deram 77% de aprovação, mas o público foi mais severo, com apenas 55% de aprovação — sinal de que nem todos embarcaram no ritmo leve e pouco “cerebral” da investigação.

Por trás das câmeras: Spielberg, locações históricas e chance de sequência

Pouca gente sabe, mas Steven Spielberg esteve por trás do projeto como produtor executivo através da Amblin Entertainment, em parceria com a Netflix. O envolvimento do lendário diretor deu peso imediato à produção, e ele chegou a visitar o set de filmagens no Reino Unido ao lado do elenco e do autor Richard Osman.

As gravações aconteceram na histórica Englefield House, em Berkshire, uma mansão elisabetana já usada em produções como The Crown e O Discurso do Rei. O local foi escolhido justamente para transmitir a atmosfera sofisticada de Cooper’s Chase. A famosa Sala do Quebra-Cabeça, onde o clube se reúne, foi construída especialmente para o filme, inspirada em uma estufa vitoriana, com direito a detalhes que remetem aos enigmas investigados pelo grupo.

Outro destaque técnico foi a trilha sonora composta por Thomas Newman, indicado ao Oscar várias vezes, que deu ao longa um tom leve e intrigante na medida certa. Somado ao design de produção de James Merifield e à fotografia de Don Burgess (Forrest Gump), o resultado é visualmente elegante e envolvente.

Vai ter continuação?

A pergunta que fica é: haverá uma sequência? O livro de Richard Osman deu origem a uma série literária de quatro volumes, o que significa que material não falta. O próprio Chris Columbus declarou em entrevistas que adoraria dirigir uma segunda parte, adaptando The Man Who Died Twice (O Homem que Morreu Duas Vezes), caso a recepção na Netflix corresponda às expectativas.

O elenco principal também já sinalizou interesse em retornar, e considerando a boa aceitação crítica (apesar da divisão com o público), a possibilidade de transformar o clube em uma franquia parece bastante real.

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